A Coordenação da Campanha "O Minério tem que ser Nosso" está lançando esta semana o Abaixo-Assinado pela criação do Fundo Social do Minério em Minas Gerais.
A proposta é que os recursos arrecadados com a mineração sejam destinados a um fundo para investimento obrigatório em 5 áreas: 1) Preservação Ambiental; 2) Educação Pública; 3) Saúde Pública; 4) Moradia Popular; 5) Diversificação Econômica dos municípios mineradores.
Assim, haveria uma compensação imediata pelos danos causados pela atividade mineradora, além de permitir a construção de alternativas econômicas à mineração, que é um dos grandes problemas dos municípios mineradores.
O objetivo é coletar 50 mil assinaturas em todo o estado, para dar entrada em um Projeto de Lei de Iniciativa Popular.
Se você concorda com esta proposta e quer colaborar com a campanha, baixe o abaixo-assinado, imprima e colete assinaturas na sua cidade, escola, bairro ou local de trabalho. Depois é só seguir as instruções no verso para enviar as assinaturas coletadas.
Para mais informações, escreva para campanhaminerio@yahoo.com.br
O Abaixo assinado com o texto integral do Projeto de Lei pode ser acessado abaixo: 
Campanha promovida por partidos políticos, movimentos sociais, ambientais, e sindicais em defesa do minério como riqueza nacional, e não apenas como fonte de lucro de grandes empresas mineradoras.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
MINERAÇÃO DE RIACHO DOS MACHADOS PODE CONTAMINAR O BICO DA PEDRA
Foi  despertada essa semana uma grande preocupação com a segurança da  Barragem Bico da Pedra em relação à implantação da Mineração de Riacho  dos Machados. Segundo lideranças locais, a barragem de rejeitos da  mineradora ficará a apenas 300 metros de distância do ribeirão que  deságua na  Barragem do Bico da Pedra.
Barragem  de rejeitos é o local onde se armazena o material que sobra do processo  de extração do minério. No caso da Mineradora de Riacho dos Machados  que vai extrair ouro, é utilizado o cianeto, um composto químico  altamente venenoso e solúvel em água que pode vir a contaminar os rios e  lençóis freáticos. Além do cianeto e ainda mais perigoso, o arsênio,  material químico altamente venenoso é liberado a partir da exploração do  ouro e pode contaminar o ar e a água, sendo também cancerígeno e agindo  no organismo das pessoas de forma sigilosa.
Segundo  a Superintendência Regional de Regularização Ambiental – Supram/NM a  barragem de rejeitos a ser implantada é considerada de grande porte e  será construída no córrego Olaria, que é afluente da margem esquerda do  ribeirão Curral Novo que, por sua vez, deságua no Rio Gorutuba, onde  existe a barragem que é utilizada para abastecimento público do  município de Janaúba.
A  sociedade está preocupada por causa dos grandes acidentes que já  aconteceram com outras barragens de rejeitos como em Três Marias e  Muriaé que tiveram prejuízos ambientais e sociais incalculáveis.  Outra insegurança é quanto ao uso constante de explosivos que pode vir a abalar a estrutura e segurança da barragem de rejeitos.
De  acordo com Alvimar Ribeiro, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) do  Norte de Minas, uma das preocupações é como que uma empresa mineradora  canadense, vem aqui em uma região carente  e a forma de exploração e  como que eles tratam a comunidade. Para Alvimar, é importante ver como é  a legislação no país da empresa mineradora, pois,  com certeza, a  barragem de rejeito lá é emborrachada e  tem muito mais proteção. 
Segundo  Maria de Lourdes Souza Nascimento, do Centro de Agricultura   Alternativa do Norte de Minas, durante visita à área da mineradora, eles  afirmaram que a barragem será impermeabilziada por meio de argila, o  que trás ainda mais insegurança para a população e para consumidores de  água da Barragem do Bico da Pedra.
Para  José Marques, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de  Janaúba é preciso muito cuidado e acompanhamento do processo e é  necessário que a população tenha acesso a mais informações. Ele conta  que “a barragem do Bico da Pedra é um patrimônio de toda a região, não  só de Janaúba mas de outros municípios que compõem o Vale do Gorutuba e  se chegar a contaminar o prejuízo será incalculável”. 
Para  Elton Mendes Barbosa, coordenador geral do STR de Porteirinha e da  Articulação no Semiárido Mineiro, ASA Minas, uma grande preocupação é o  montante de água que será utilizado, tendo em consideração  principalmente o fato da região está no semiárido. Segundo dados, a  utilização de água pode chegar  a mais de 400 milhões de litros dágua  por ano, sendo que segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) é  necessário 110 litros por dia para as necessidades básicas de uma  pessoa.  
Em uma escala que vai de 1 à 6, que  classifica o potencial poluidor de um empreendimento, o Projeto de  Mineração Riacho dos Machados é classificado como um empreendimento  classe 6, nível máximo, sendo assim, reconhecido como de alto risco de  contaminação. Após ter conseguido a Licença Prévia (LP) que garante  permissão para estudos locais, agora o empreendimento está em busca da  Licença de Instalação (LI). 
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